Nego que passava no caminho dele ele falava, com a mulher do outro lado da rua, todos os donos de estabelecimento... E numa felicidade, gente, que sinceramente estava me incomodando. Um sorriso, uma alegria, que estava me enervando profundamente. Foi aí que o dito-cujo resolveu falar alguma coisa comigo. Também, atravessei a rua sem olhar e quase fui atropelada. Acontece, gente, acontece.
- Viu, foi atravessar a rua sem olhar...
(cara de tédio)
- Você reparou, né, eu falo com todo mundo da rua. Também, trabalho aqui nessa escola há 37 anos.
- Quê, 37 anos no mesmo lugar???- É, legal, né?
(cara de espanto)Juro que nem consegui parabenizar o sujeito, já que o que ele queria era que eu desse pulos de alegria por seu feito. Mas na boa, se eu trabalhasse 37 anos exatamente no mesmo lugar eu já teria tido um treco.
Tédio acabou de entrar
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